Vivemos na era da internet e precisamos saber de tudo que se tem de melhor. Que tal inventar uma rede social onde várias pessoas poderiam se interagir entre elas?
Antes de começar a resenhar o filme, gostaria de agradecer a todas as pessoas que continuam colaborando e apoiando o novo layout do blog. Tenho muito ao que agradecer à página da DHH e confesso que estou bastante feliz com os resultados!
Há quem diga que a internet muda até o relacionamento das pessoas. As vezes, desde o surgimento dos sites de encontros virtuais, as pessoas passaram a namorar e ficarem juntas nesse mundo de códigos. Mark Zuckerberg, apoiado pelos amigos, cria um site para comparar garotas da universidade Harvard em que ele estuda, e atinge uma imensa quantidade de visitas diárias. Obcecado por isso, se junta a um grupo de pessoas que entendem de computadorização, e decidem criar o que agora é a rede social mais visitada diariamente: FACEBOOK!
O diretor David Fincher procurou mostrar quem é a pessoa por trás do site, e ele acerta muito bem, fugindo do que é proposto. Em determinadas partes de "A Rede Social", as cenas vão fugindo do sentido e tudo se passa rapidamente, mas consegue se fixar em partes que Zuckerberg demonstra seus sentimentos e as famosas chuvas de ideias, mostrando que o garoto não é apenas um estudante de Harvard. Além disso, Mark é mostrado como uma pessoa totalmente arrogante e séria, sendo pelo seu jeito totalmente perfeccionista, ou sua namorada lhe dar um fora pelo simples motivo de achar que o garoto não tem condições para ter um relacionamento sério (quem diria!) razão pelo qual ficou enfurecido e decidiu criar a página de comparar meninas, inclusive a ex.
Uma das características de enredo mais incríveis foi Fincher conseguir fazer algo que poucos diretores conseguem. O rumo de 'A Rede Social' é mudado em várias cenas, até por criar os gêmeos Winklevoss como vilões e Eduardo Saverin como a vítima. Tanto pela ganância dos Winklevoss, quanto pela inocência de Eduardo, Zuckerberg consegue se empenhar em divulgar seu projeto nomeado como "The Facebook", onde todos os estudantes e turistas de Harvard teriam sua página e poderiam conversar entre si, e junta-se a Sean Parker, que curiosamente é o fundador do Napster, para levar The Facebook para o mundo. Apesar de apresentar um tom cruel, não é verdadeiramente um inimigo na trama, coisa que Justin Timberlake, uma pessoa que já se encontra nessa indústria faz muito tempo, conseguiu fazer MUITO bem. Parker mostra-se autoritário em várias cenas do filme, mas colabora em todos os momentos para montar o site como algo inovador.
Contado como óbvio, no final o Facebook consegue a marca de 500 milhões de pessoas e torna-se a rede social mais famosa que existe. Porém, de forma triste, mostra o que outras pessoas não fizeram com a mente de Mark. Eduardo Saverin, o brasileiro co-fundador do site processa seu melhor amigo por ser literalmente esquecido dos fins lucrativos. Essa cena foi muito bem encenada, por criar uma espécie de série com ela, já que desde o começo, o filme conta com flashbacks no meio do julgamento de Eduardo e Mark.
Por não compreender como consegue magoar tanto as pessoas, Mark adiciona sua ex no Facebook e aperta F5 até ser adicionado, onde provavelmente foi tratado como eterno. 'A Rede Social' consegue mostrar de forma clara e inesquecível como um gênio consegue literalmente fazer inimigos para criar o que é uma das maiores invenções do mundo, já que uma das sacadas do filme é a cena em que uma pessoa estava numa palestra de Bill Gates e não sabia quem era o palestrante, mas esperou Mark Zuckerberg sair da palestra para cumprimentá-lo, afinal, é o criador do Facebook..