Livro escrito em 1959 por Robert Bloch, Psicose é um romance-terror baseado numa história de assassinato e é aquele tipo de livro que você não consegue parar de ler! O li em poucos dias por não ser um drama muito grande, e realmente me surpreendi com toda a criatividade do mesmo...
Além de ser uma versão totalmente diferente lançada pela editora 'DARKSIDE' com imagens ilustrativas e um design novo, Psicose mostra realmente como a mente humana pode ser devastadora, mas o quão capaz ela pode ser. É difícil encontrar alguém que não conheça o clássico cinematográfico, com a famosa música de suspense e a morte mais famosa das telinhas.
Alfred Hitchcock (ironicamente um dos meus diretores de filme preferidos), conhecido popularmente também como o pai do suspense, criou toda a trama com o livro de Robert Bloch e espertamente, comprou os direitos autorais do livro para se transformar ao que é hoje. Diferente dos outros diretores, Hitchcock criou sem nenhuma mudança o filme lançado em 1960, que para época seria um desastre completo. Porém, modéstia à parte, sessenta milhões de dólares foram faturados nas bilheterias!
Norman Bates, com seus quarenta anos, mora com sua mãe Norma e a história já inicia com uma discussão de ambos. Em paralelo, o autor une a história de Marion Crane, ou simplesmente Mary, que para ajudar seu namorado endividado, rouba quarenta mil dólares de seu trabalho, e preocupada com seu chefe, a moça decide ir para a cidadezinha em que seu amado vive, e no percurso, acaba tendo uma hospedagem no Bates Motel, dirigido por Norman e Norma (seria tão bom contar o que existe por trás desses dois, mas okay, sem spoilers!!)
Nas duzentas e quarenta páginas de Psicose, Bloch confunde os leitores e esta é clara a motivação por cada um devorar palavra por palavra. O autor prega peças magicamente, envolve-nos na trama e nos deixam temerosos pelos personagens. Quem conhece o clássico cinematográfico, sabe que o desfecho é tão cobiçado que você não é capaz de abandonar enquanto este não chegar. E quando chegar, Robert Bloch te impressionará da maneira mais obscura possível.
"Norman não gostava de se barbear por causa do espelho. Havia linhas curvas nele. Todos os espelhos pareciam ter ondas que feriam sua vista."
"Psicose" é, sem sombra de dúvidas, um dos meus clássicos preferidos. Tanto no filme, quanto no livro, fiquei bastante impressionado com a criatividade dos dois profissionais da obra, que por mais irritante possível, consegue te desfazer da narrativa e dar incerteza aos personagens, incerteza ao clímax, em tudo! É impossível imaginar o que chegará com o desenvolver da história. Inspiradamente mágico!